1. Sabe a verdadeira origem do whisky?
Desconhece-se onde foi inicialmente produzido ou quem foi o 1.º produtor, embora haja a crença de que o processo de destilação já remonte ao século VIII com origem na Pérsia. Pensa-se que no ocidente ficou conhecido através de monges europeus irlandeses, no século XIII, sendo a primeira referência escrita datada do século XV, numa encomenda de malte, oriunda das Highlands, na Escócia.
Independentemente da sua origem, a sua produção estava relacionada com propósitos medicinais e, por isso, muito relacionada ligada aos mosteiros ou abadias. Chamavam-lhe “água da vida” — “Uisce beatha” e a sua destilação é feita a partir de cereais fermentados, como cevada, trigo, milho ou centeio. Na Escócia e no Japão é conhecido como “Whisky” e na Irlanda e Estados Unidos por “Whiskey”. Rigorosamente regulamentada, a sua graduação alcoólica pode variar entre 38 e 54%.
Em comum, a fermentação dos grãos e a destilação a um máximo de 80% de álcool para o milho e 90% de álcool para outros grãos. Divergem no tipo de grãos e leveduras utilizadas, no local onde o whisky foi produzido, no tempo de maturação e no tipo de tonel utilizado no seu envelhecimento, sendo estas diferenças fundamentais no sabor e carácter de um whisky.
Barris de whisky
2. Qual a melhor forma de degustar o whisky?
Existem muitos fatores que influenciam a apreciação de um whisky, dependendo da cultura de cada país, do cereal base que é utilizado na sua produção e do tempo de maturação. Para os escoceses, é permitido aos “blended” serem combinados com outras bebidas, mas os “single malt” devem ser bebidos puros ou, no máximo, com algumas gotas de água pura e fresca, para abrir aos seus aromas e sabores. Os Irlandeses concebem a combinação de whiskey e de outros ingredientes, como o gelo ou mesmo natas. O Baileys é uma bebida típica da Irlanda que adiciona ao whiskey puro irlandês, leite fresco.
Os japoneses saboreiam o whisky fresco e juntando-lhe muita água e os americanos bebem o seu whiskey puro, embora também seja habitual adicionarem umas pedras de gelo. Como se trata de um whiskey mais adocicado, existe o hábito de beber um copo de água após ingerirem o bourbon para limpar o palato — este ritual tem o nome de water back. Alguns dos melhores cocktails artesanais com whiskey tem origem nos EUA e são feitos em combinação com o Rye Whiskey — O Old Fashioned, o Manhattan ou o Whiskey Sour são alguns dos cocktails com whiskey bastante conhecidos e apreciados.
3. Quais os whiskies mais caros do mundo?
De acordo com a revista Ekonomista, os whiskies mais caros destinam-se a colecionadores. São single malt Scotch whiskies, produzidos em edições muito limitadas e destacam-se pelas suas garrafas especiais.
Isabella Islay, de 40 anos, ocupa o primeiro lugar com um valor de 5 milhões de euros, seguido pelo Old Master of Malt de 105 anos com um valor de 1 milhão e 300 mil euros. No terceiro lugar encontra-se Macallan de 64 anos, leiloado por 420 mil euros.
Colecionadores à parte, a revista Whisky Advocate selecionou alguns dos melhores whiskies de 2022 para experimentar, com classificações superiores a 90 pontos e que, certamente suscitarão muito agrado quanto ao paladar e harmonização. Destacamos a série Johnnie Walker, cujo Black Label apresentou uma pontuação de 91 pontos, o Whiskey Bourbon Knob Creek 9 anos, que obteve uma classificação de 92 pontos ou a série Tullibardine , em que o Tullibardine 500 Sherry Cask Finish, atingiu uma pontuação de 91. Whiskies oriundos de todo o mundo, para os mais diversos gostos e aos mais variados preços, sempre disponíveis aqui, na Garcias.
4. Porque é que os “whisky velhos” são mais caros?
A principal diferença que distingue whiskies novos de whiskies velhos é o tempo de envelhecimento, o que permite aos whiskies absorver um sabor amadeirado do tonel. A partir dos 8 anos de amadurecimento considera-se que um whisky já absorveu os aromas e sabores e adquiriu a consistência e características principais do tipo de madeira e na qualidade da flambagem utilizada. Quanto maior a idade do whisky envelhecido, mais caro ele se torna, porque durante o processo de envelhecimento, dá-se uma evaporação de álcool que irá fazer diferença na concentração e na qualidade final do produto. A produção de “whiskies velhos” é mais morosa e, chega ao consumidor final com um preço mais elevado, além de que, teoricamente, possibilitam uma maior concentração de sabores, personalidade e carácter.
No entanto, esta não é uma regra que exista sem exceção, já que existem “whiskies novos” muito bem conseguidos e amadurecidos em toneis de carvalho de alta qualidade e “whiskies velhos” com algumas limitações.
5. Quais são os melhores whiskies do mundo?
A International Wine and Spirits Competition (IWSC) destacou o Whisky Malt Tomatin Legacy como um dos melhores de 2022, na categoria de whisky escocês. Com um preço acessível, este é um whisky das Highlands, “perfumado e complexo”. Já a World Spirits Competition em San Francisco destacou o whiskey irlandês Jameson Bow Street 18 anos como um dos favoritos.
Conheça aqui os principais classificações e tipos de whisky.